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Diagnóstico

Imagem de diagnóstico
Imagem de diagnóstico

Definição:
O diagnóstico é o processo pelo qual um médico identifica um problema de saúde do paciente. É um momento essencial do processo de tratamento, seja em medicina geral, seja em medicina dentária. Só quando devidamente identificada uma doença, ou um qualquer tipo de anomalia, se saberá como proceder de forma a combatê-la.

Mais detalhes:
As doenças periodontais e a cárie dentária são um grave problema de saúde, uma vez que afectam grande parte da população, tendo muita influência no seu bem-estar e na respectiva qualidade de vida. Neste âmbito assume importância vital o diagnóstico dos problemas de saúde oral.

Os médicos dentistas, em contacto regular e experimentado com os dentes do paciente, estão num ponto privilegiado para o diagnóstico e prevenção dos principais problemas dentários. Desta forma, as consultas de rotina, que se devem fazer de seis em seis meses, são essenciais. Nessas consultas, o profissional dentário vai proceder à observação visual e táctil de todas as estruturas da cavidade oral. O médico dentista também pode solicitar meios complementares de diagnóstico, como sejam as radiografias, a biopsia, a ortopantomografia, e outros, caso se depare com alguma lesão suspeita.

Os profissionais dentários devem estar especialmente atentos às glândulas salivares, a eventuais quistos ou tumores na região maxilo-facial. Todavia, até infecções mais simples, como as aftas ou o herpes, podem significar problemas maiores, pelo que o dentista deve contabilizar todos os aspectos, não se esquecendo de falar detalhadamente com o paciente, de modo a complementar os sinais detectados com as suas vivências, no sentido de tirar conclusões mais claras e correctas.

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Descalcificação

Imagem de Descalcificação
Imagem de Descalcificação

Definição:
A descalcificação é, genericamente, a perda de cálcio dos ossos e não é um termo muito aplicado em medicina dentária. Neste âmbito, falamos de descalcificação do esmalte dos dentes. A base do problema é a acidez que pode ser causada por diversos tipos de factores, desde placa bacteriana a alimentos ácidos.

Mais detalhes:
O passo essencial para tratar a descalcificação do esmalte dos dentes é encontrar a causa que a motiva. E podem ser vários os factores por trás do problema – a cárie dentária, a ingestão de alimentos ácidos, a boca seca, os vómitos constantes, a doença periodontal, o trauma de oclusão.

Uma má escovagem dos dentes pode estar na génese da descalcificação, não removendo por completo a placa bacteriana e permitindo o aparecimento de cáries. O uso de aparelho ortodôntico fixo pode ser outra causa – quando este é removido, o esmalte pode estar afectado.

Os primeiros sinais do problema são manchas brancas e, com o evoluir da situação, dá-se a retracção da gengiva, com o dente a ficar cada vez mais exposto.

A manutenção de uma boa higiene oral será imprescindível para evitar problemas de descalcificação. Evitar alimentos ácidos, como os citrinos, os refrigerantes ou quaisquer bebidas açucaradas, são outras formas de prevenção, que ajudam o PH da sua boca a manter-se neutro. O uso de dentífricos com flúor, ou a tomada de aplicações de flúor, ajudam também a impedir o aparecimento das cáries e, logo, a afastar as possibilidades de se verificar a descalcificação do esmalte dentário.

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Distal

Imagem de distal
Imagem de distal

Definição:
O termo distal, na sua etimologia, significa o que dista, ou se afasta, da linha média. Na medicina dentária, é um termo anatómico de localização. Distal representa uma indicação de direcção, no sentido de fora, a partir do meio da mandíbula.

Mais detalhes:
Na odontologia, é comum os médicos dentistas utilizarem termos de relacionamento e de comparação que se referem a vários aspectos dos dentes. É uma forma de diagnosticarem com maior precisão os problemas dos pacientes e, logo, de definirem o melhor tratamento para cada caso.

Ora o termo distal é, designadamente, usado na definição das faces do dente, referindo-se em concreto à face que fica voltada para o fim do arco e, logo, mais distante do plano médio. Há ainda a face lingual ou palatina, que fica voltada para a língua ou para o céu da boca, a face vestibular, que fica voltada para os lábios, a mesial, que fica mais próxima do plano médio, e a oclusal ou incisal que entra directamente em contacto com os dentes antagonistas.

Os dentes são estruturas com formas definidas, o que significa que uma alteração na forma de um dente ou de vários dentes, de posicionamento ou de diâmetro, pode acarretar problemas que incumbe ao dentista detectar. Por outro lado, a localização exacta das lesões de um dente assume importância vital, de forma a agilizar um procedimento ortodôntico eficaz e profissional.

A designação é ainda utilizada para detectar problemas da mandíbula, nomeadamente a deslocação distal da mandíbula, um tipo de luxação traumática associada a fracturas.

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Diastema

Imagem de diastema
Imagem de diastema

Definição:
Um diastema é uma falha ou um espaço entre dentes. O termo é mais habitualmente aplicado à lacuna verificada nos dois dentes incisivos superiores (os dentes frontais). Mas o espaçamento pode verificar-se também nos dentes inferiores e ao longo de toda a arcada. É algo muito comum nas crianças, com condição transitória, até ao nascimento da dentição permanente.

Mais detalhes:
As causas do diastema podem explicar-se pela diferença de tamanho dos dentes, pela falta de um dente ou por uma anormalidade no tecido que se estende do lábio à gengiva e até ao ponto em que se situam os dentes frontais superiores. Problemas de alinhamento dos dentes também podem motivar este tipo de falha.

O diastema não constitui um problema ortodôntico, é antes um problema estético para algumas pessoas, embora, noutros casos, possa ser uma imagem de marca. Figuras como Madonna, Elton John, Brigitte Bardot, Vanessa Paradis e Anna Paquin são reconhecidas pela falha entre os dois dentes superiores frontais e não parecem sofrer muito com isso. Contudo, é possível proceder ao reajustamento dos dentes, de modo a aproximá-los.

As soluções ortodônticas para lidar com o caso vão desde os tradicionais aparelhos dentários, passando pelo uso de próteses de porcelana no lado externo dos dentes, até à substituição dos dentes originais por implantes dentários. Em casos onde a origem do problema esteja no freio labial, poderá realizar-se uma cirurgia.

Curiosidades:
Em algumas sociedades, o diastema é considerado atraente, como na Nigéria, onde é considerado um sinal de fertilidade e onde se efectuam cirurgias estéticas para criar a falha entre os dentes, quando ela não existe.

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Dentadura

Imagem de dentadura
Imagem de dentadura

Definição:
A dentadura é uma prótese dentária removível. Pode ser total ou parcial e visa substituir dentes perdidos. É a prótese dentária mais utilizada em todo o mundo, particularmente por ser uma opção mais barata relativamente às outras existentes. Pode fixar-se com a ajuda das gengivas ou pode sustentar-se sobre implantes dentários.

Mais detalhes:
A maioria das dentaduras recomendadas pelos profissionais da odontologia é feita de resina acrílica que são consideradas mais “silenciosas” durante a mastigação e quando o paciente fala. Além disso, o perigo de fractura é menor, contudo mudam de cor mais facilmente e há um desgaste maior com o tempo de uso.

Há ainda dentaduras de porcelana que apresentam uma maior estabilidade de cor e um desgaste inferior, sendo contudo mais ruidosas e apresentando um maior perigo de fractura.
Um dos maiores receios associados às dentaduras prende-se com a possibilidade de caírem, algo que pode acontecer realmente, se não estiverem devidamente fixas.
As dentaduras são a melhor escolha para quem tem gengivas ou mandíbulas fracas, ou problemas de saúde nessas áreas.

A durabilidade de uma dentadura deve chegar aos cinco anos, altura em que será recomendável substituí-la. De modo a garantir que não dura menos, é conveniente ter vários cuidados na sua manutenção, designadamente, nunca a ferver, nem utilizar produtos de limpeza abrasivos.

Curiosidade:
Uma das dentaduras de Winston Churchill, antigo primeiro-ministro britânico, foi leiloada, em 2010, por 18 mil euros, em Norfolk, Reino Unido. A prótese estava decorada com aplicações de ouro!

E o antigo presidente dos EUA, George Washington (1732 – 1799), usava uma espécie de dentadura com dentes de marfim!

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Prótese dentária removível

Imagem de prótese dentária removível
Imagem de prótese dentária removível

Definição:
A prótese dentária removível é, de modo geral, uma dentadura. Constitui um aparelho odontológico de substituição dos dentes que se pode retirar, para proceder à sua higienização. Pode ser parcial ou total, acrílica ou esquelética e apoiar-se nas gengivas ou nos dentes restantes na boca do paciente.

Mais detalhes:
As próteses dentárias removíveis têm como principal funcionalidade substituir a falta de dentes, respondendo a problemas de ordem estética, mas exercendo também um papel importante na reposição do mecanismo adequado de mastigação. Devolvem ao paciente as plenas funções dentárias, repondo o equilíbrio no arco dentário, em caso de falta de um ou mais dentes.

O processo de colocação de uma prótese inicia-se com a moldagem dos dentes, por via de moldeiras específicas, que registam a impressão dentária do paciente. Depois, os dentes são registados em cera, seguindo-se a prova da prótese. Por último, após os eventuais ajustes feitos, entregar-se-á definitivamente a dentadura. Após a sua colocação, poderá ainda ser necessário efectuar alguns toques finais no sentido de um ajustamento perfeito.

A adaptação à prótese durará cerca de uma semana, podendo afectar os processos de fala e mastigação do paciente, nos primeiros dias. Deve-se realizar a higiene da prótese após as refeições e antes de dormir, sendo ainda aconselhável que se lavem também os eventuais dentes originais que permaneçam ainda na boca.

Dormir com a prótese não acarreta riscos de qualquer tipo, mas deve sempre lavá-la antes.

Curiosidades:
Já no século IV e V A.C., os fenícios faziam uma espécie de próteses removíveis, unindo dentes artificiais esculpidos em marfim aos dentes naturais através de fios de ouro.

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Desvitalização

Imagem de Desvitalização
Imagem de Desvitalização

Definição:
A desvitalização ou, mais cientificamente falando, a endodontia, é a limpeza do canal de um dente, designadamente com a remoção da polpa (a componente vascular e nervosa de um dente). Nalgumas situações, contudo, o dente já não se encontra em condição vital, ou seja, já está morto e, logo, não se pode falar em verdadeira desvitalização. O processo visa limpar o canal por completo, afastando quaisquer hipóteses de permanecerem resíduos bacteriais, de modo a isolá-lo com um material específico e assim garantir a integridade mínima e funções do dente.

Mais detalhes:
Quando um dente é afectado por uma cárie dentária que se estendeu até à polpa, as únicas soluções para o caso são a extracção (cada vez menos utilizada em medicina dentária) ou a desvitalização. Desvitalizar o dente vai permitir salvar ainda a estrutura do mesmo. O dentista procederá à remoção de todos os resíduos de bactérias, limpando completamente o canal, de forma a preenchê-lo com um material biocompatível.

O recurso à desvitalização pode ainda acontecer quando se verificam casos de sensibilidade dentária a alimentos quentes e frios, dores agudas na mastigação ou ferimentos causadores de infecções no osso.

Uma desvitalização incompleta, isto é, que não promova a remoção completa da raíz dos dentes e de todas as bactérias existentes no canal, pode suscitar o aparecimento de quistos e de infecções que poderão culminar com a necessidade de extracção do dente.

Curiosidades:
Um dente desvitalizado pode ganhar cáries dentárias, ao contrário do que algumas pessoas pensam. Apesar da desvitalização, o dente manterá as mesmas propriedades e tecidos, à excepção da polpa, e continuará a estar sujeito a infecções e a bactérias Da mesma forma, também poderá sentir-se dor, nos casos de abcessos ou de uma restauração que fique demasiado alta.

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Dentista

Imagem de dentista
Imagem de dentista

Definição:
O dentista é o profissional da medicina que estuda, diagnostica, trata e previne as doenças orais e maxilares. Mais do que uma função interventiva no tratamento de dentes infeccionados, tem um papel preventivo na detecção e cuidado de lesões, no sentido de evitar complicações futuras. Tem que ter um curso superior reconhecido, para poder exercer a profissão, e está capacitado para executar intervenções cirúrgicas na cavidade bocal, tais como as extracções dentárias, a remoção de quistos e biopsias.

Mais detalhes:
A ida ao dentista é, para muitos, uma verdadeira tortura! Mas é essencial para manter uma boa higiene oral e evitar complicações e mais visitas ainda ao dentista. Idealmente, devem efectuar-se visitas ao dentista de seis em seis meses.

A actuação destes profissionais é essencial na prevenção e profilaxia dos problemas dentários. As suas competências incluem a odontopediatria, a odontogeriatria, a endodontia, a periodontia, a cirurgia, a odontologia, a restauração dentária e a radiologia odontológica.

Não devem confundir-se os dentistas com os médicos estomatologistas – são áreas diferentes da medicina.

Curiosidades:
O dentista francês Pierre Fauchard é considerado o fundador da odontologia moderna, depois de ter escrito, em 1728, o livro O Cirurgião-Dentista ou Tratado Sobre os Dentes, onde apresentava ideias revolucionários sobre o tratamento dos dentes.

Santa Apolónia é a padroeira dos dentistas; esta virgem cristã foi martirizada no Século III D.C., em Alexandria, quando lhe quebraram todos os dentes com pedras afiadas. Durante o seu suplício, Santa Apolónia terá pedido a Deus que, todos os que invocassem o seu nome, vissem as dores de dentes aliviadas.

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D

Dente do Siso

Imagem de dente do siso
Imagem de dente do siso

Definição:
Os dentes do siso, também conhecidos como terceiros molares ou dentes do juízo, são os últimos a irromperem na dentição humana permanente. Normalmente, desenvolvem-se entre os 16 e os 20 anos, mas podem irromper até aos 30 anos ou mesmo depois. A maior parte das pessoas têm quatro sisos, um em cada canto da boca.

Mais detalhes:
Como são os últimos dentes a aparecerem na arcada dentária, os sisos não encontram, muitas vezes, espaço para se encaixarem, provocando o apinhamento dos demais dentes. Podem também surgir em posições anómalas, o que dificultará a sua erupção, podendo ficar inclusos (dentro do osso) e/ou impactados (impossibilitados de irromperem devido a algum impedimento). Nestes casos, os médicos dentistas recomendam a extracção.

Extrair um dente do siso não acarreta qualquer problema de maior, embora seja mais fácil e menos doloroso fazê-lo enquanto o paciente é jovem, já que as suas raízes não estão ainda completamente formadas e o osso circundante é menos robusto e mais elástico, havendo menos hipóteses de prejudicar estruturas nobres. Contudo, extrair um dente em idade mais avançada será perfeitamente seguro, desde que se sigam as recomendações do médico dentista. O profissional dentário poderá, conforme os casos, optar pela remoção cirúrgica destes dentes.

Curiosidades:
Algumas pessoas não têm nenhum dente do siso e outras têm menos de quatro.
Os dentes do siso são vestígios que ficaram na dentição humana dos seus antepassados que tinham uma alimentação mais primitiva e que, por isso, precisavam de mais dentes para executarem o processo de mastigação.

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D M

Dente molar

molares
Dentes molares a azul

Definição:
O dente molar situa-se na parte posterior da mandíbula e tem como função principal triturar alimentos. É o mais complexo de todos os dentes e é um dos primeiros dentes permanentes a surgir na arcada dentária, por volta dos seis anos de idade, determinando a chave de oclusão. Uma vez que é um tipo de dente que possui várias pontas de contacto, denominam-se também multicúspides.

Mais detalhes:
São 12 os dentes molares num adulto, normalmente. Estes dentes são muito maiores do que os restantes e apresentam muitas ranhuras na sua constituição, exigindo uma limpeza cuidada com uma escovagem demorada. Podem classificar-se conforme a sua forma, crescimento e número e altura das cúspides (as pontas de contacto). Tendo em conta a altura, podem ser braquiodontes (cúspides baixas) ou hipsodontes (cúspides altas). Conforme a sua forma, podem ser bunodontes, selenodontes, lofodontes e secodontes.

O primeiro molar permanente a irromper é fundamental para a definição da pedra angular da oclusão, isto é, é essencial para o funcionamento geral da arcada dentária. Deve surgir por volta dos seis anos de idade, mas a raiz completa só estará formada lá pelos 9, 10 anos. Os molares inferiores costumam irromper antes dos molares superiores.

Quem perder de forma precoce este dente, sofrerá complicações na mastigação, pois a chave de oclusão desajustar-se-á e poderão mesmo surgir dores na articulação temperomandibular, desgastes dentários e verificar-se, ainda, a abertura de espaços entre os dentes subjacentes. É uma situação que poderá ser tratada com tratamentos de ortodontia, de protésica e de implantologia.