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Definição:
O prognatismo é uma deformação que se caracteriza pela hipotrofia óssea da maxila ou pela hipertrofia óssea da mandíbula, isto é, o paciente apresenta a arcada dentária inferior a fechar à frente da arcada dentária superior. Pode ser causada por um acidente ou ter origem genética, como é o caso do chamado prognatismo mandibular. É uma anomalia também designada por mordida cruzada anterior.

Mais detalhes:
Esta anomalia dento-facial, que suscita má oclusão dentária, tem origens, essencialmente, do foro esquelético, contudo pode também ser causada por disfunções do sistema mastigatório, designadamente motivadas por maus hábitos, ou ainda por desordens hormonais e traumatismos.

O chamado prognatismo mandibular, também conhecido por mandíbula de Habsburgo ou da Áustria, é originado por uma desordem genética, com o lábio inferior a situar-se afastado, de forma significativa, do lábio superior. Esta disfuncionalidade começa a revelar-se na infância e agravar-se-á com o crescimento do paciente.

O tratamento precoce do prognatismo, particularmente nas mais tenras idades, apresentará bons resultados com recurso a aparelhos ortopédico-faciais, numa conjugação de esforços entre o ortopedista e o ortodontista. Se se adiar o problema até à idade adulta, a cirurgia será a única solução para o problema.

Curiosidades:
O prognatismo é também conhecido por mandíbula de Habsburgo ou da Áustria porque esta disfunção era particularmente comum na família real austríaca, por causa da endogamia (os casamentos consanguíneos) praticados. O rei Filipe IV de Espanha e III de Portugal, descendente direito dos Habsburgo, sofria de prognatismo. E também D. Pedro II do Brasil, Habsburgo por parte da mãe Dona Maria Leopoldina da Áustria, tinha sinais da deformação.

Definição:
O palato é, de forma genérica, o céu da boca. Mais tecnicamente, é a membrana que separa a cavidade bucal das fossas nasais. É dividido em duas partes: o palato duro ou abóbada palatina, isto é, a parte óssea anterior, constituída pela união dos ossos maxilar superior e palatino; e o palato mole ou véu palatino, ou seja, a estrutura que separa a cavidade bucal da faringe no estreitamento a que se chama istmo das fauces.

Mais detalhes:
O palato duro é constituído por tecido epitelial que é responsável pela protecção da camada externa da pele contra bactérias, por exemplo, tendo ainda funções de absorção de nutrientes e oxigénio. Nesta zona do palato não há glândula salivar. É uma área descamativa, com o centro dividido por uma proeminência linear a que se chama cordão palatino, pois une os ossos palatinos.

O palato mole tem uma estrutura de tecido conjuntivo e de tecido muscular e na parte oral apresenta outra estrutura de glândula salivar. É nesta zona que há botões gustativos.
O palato duro tem por função servir de placa de resistência para a língua, durante a mastigação e a deglutição, enquanto o palato mole bloqueia a passagem dos alimentos para as fossas nasais, no momento de os engolir.

É o palato que possibilita a sucção, movimento fundamental para a alimentação dos bebés, designadamente durante a amamentação.

Curiosidade:
O palato serve de amparo para o posicionamento da língua durante o sono; caso a língua não se resguardasse no palato, a boca da pessoa ficaria aberta.

Definição:
Uma prótese dentária fixa é, como o nome indica, uma prótese que se mantém presa e inamovível na dentição humana. As pontes e as coroas são exemplos deste tipo de próteses. Ao contrário das dentaduras (as próteses removíveis), estas são cimentadas no dente ou nos dentes existentes, nas raízes destes ou em implantes fixos.

Mais detalhes:
As próteses dentárias fixas podem durar para toda a vida, se o paciente as cuidar devidamente, designadamente mantendo uma boa higiene oral. Também não deve morder alimentos duros, gelo ou outros objectos compactos.

As coroas dentárias cobrem a totalidade da estrutura restante de um dente, sendo utilizadas quando ainda é possível salvar o dente original. São assim, fixadas à parte saudável do dente, por via de polímeros especiais.

As pontes são, por norma, compostas por duas coroas nas extremidades e por um dente artificial entre elas. Geralmente, substituem dentes em falta, extraídos.

Antes de se fazer uma coroa ou uma ponte, o dentista deve preparar o dente/dentes naturais do paciente para a prótese, assegurando que esta se encaixará adequadamente. Posto isto, o profissional dentário terá que fazer um molde perfeito do dente/dentes onde aplicará a prótese. Desse molde será feita a coroa ou a ponte no material específico designado pelo dentista.

As próteses fixas podem ser elaboradas em metal, cerâmica, acrílico, compostos de resina e numa composição de alumínio e cerâmica. Deverá ser o dentista a determinar, em consonância com o paciente, qual o melhor material para cada caso. Essa escolha dependerá sempre do local onde será aplicada.

Definição:
A prótese dentária é um material artificial que visa substituir um ou mais dentes, em caso de falta destes ou de fractura ou outros danos. Tem por objectivo reabilitar esteticamente a dentição do paciente, mas também recuperar as diversas funcionalidades inerentes aos dentes, tais como a fonética e a mastigação. As próteses dentárias podem ser fixas ou removíveis, totais ou parciais.

Mais detalhes:
A falta de dentes na arcada dentária é não apenas um problema estético, mas acarreta perturbações para a estabilidade dos demais dentes, o que suscitará outras disfunções mais graves, a curto e médio prazo. Deste modo, as próteses dentárias ajudam a suprimir problemas de saúde, tal como garantem ao paciente um sorriso mais bonito.

Antes de aplicar uma prótese dentária, o dentista terá que cuidar da boca do paciente. Se estiver em causa uma prótese total, ele poderá ter que extrair algum dente remanescente. Caso a solução seja uma prótese parcial, será necessário garantir que os dentes originais que persistem não ficarão com cáries indesejadas.

Depois desse tratamento, o dentista tirará uma impressão das arcadas dentárias, através de um molde, utilizando produtos específicos. A seguir, o molde segue para um laboratório, onde será construída a prótese no material desejado.

Feita a prótese, será necessário ainda testá-la e eventualmente reajustá-la na boca do paciente. E depois disso, começará um processo de adaptação que acarretará algum desconforto, mas que logo será ultrapassado com alguma boa vontade.

Curiosidades:
No Século VIII, os japoneses faziam próteses completas de madeira, talhadas normalmente em árvores como a cerejeira ou o damasqueiro. Eram sustentadas apenas pela aderência e pela pressão atmosférica.

Definição:
O protético é o profissional que cria próteses dentárias. É um profissional de laboratório que não tem contacto directo com o paciente, ao contrário do protésico. O protésico é responsável pelo diagnóstico do paciente, planeando e requisitando a prótese adequada para o caso. O protético dará resposta a essa solicitação, construindo, em laboratório, a prótese devida.

Mais detalhes:
O protético é um técnico de prótese dentária que tem papel fundamental para que o dentista protésico conclua, com sucesso, o tratamento num paciente. É imprescindível que o protético leve a cabo um excelente trabalho, no laboratório, de modo a construir a prótese perfeita para a boca do paciente.

Deste modo, o trabalho do protético não deve ser desvalorizado. Ele é um verdadeiro artesão, a quem cabe moldar da melhor forma os modelos dos dentes do paciente. Só em consonância com o médico dentista será possível concluir com total êxito o procedimento odontológico.

Apesar dessa relevância fundamental, no processo de melhoramento das funcionalidades dentárias, o trabalho dos protéticos é ainda desvalorizado, sendo uma profissão mal paga, comparativamente com os honorários recebidos, usualmente, pelos dentistas, e com o preço das próteses dentárias.

O protético confecciona próteses removíveis, implantes, moldes para clareamento dentário, aparelhos de ortodontia e faz trabalhos com facetas de porcelana, sendo ainda responsável pela restauração dos mesmos. É essencial que tenha destreza manual, muita paciência e muita dedicação, algum sentido estético e que seja um perfeccionista, sempre atento ao detalhe.

Curiosidades:
Os fenícios (4000 A.C.) são apontados como os “inventores” das próteses dentárias por alguns historiadores, com base em descobertas arqueológicas de dentes ligados por fio de ouro.

Definição:
A pasta dentífrica, ou a chamada pasta de dentes, é um creme dentário que visa a limpeza da boca e dos dentes. Deve ser utilizada com uma escova de dentes, no processo de escovagem diário, e não deve ser engolida. Um bom dentífrico dentário deve incluir flúor, responsável pela protecção activa dos dentes, e cálcio em pó, que ajuda no fortalecimento dos mesmos e na remoção de manchas. A maioria das pastas dentárias têm ainda outros agentes que ajudam a criar a espuma e outros que lhe dão sabor.

Mais detalhes:
A utilização de produtos para a lavagem da boca é assunto antigo! Já os egípicos, no Século IV A.C., usavam uma mistura de sal, pimenta, folhas de menta e flores de íris para bochechar e limpar a boca. Noutros tempos recorreu-se a giz, tijolo pulverizado e carvão pulverizado. Até aos dias de hoje, as pastas dentífricas sofreram grande evolução e podem agora comprar-se em vários sabores, dos mais tradicionais, como a menta, aos mais exóticos, como canela, gengibre e até chiclete (para os mais pequenos).

A escovagem dos dentes deve começar desde tenra idade e é importante adquirir pastas dentífricas com flúor para os mais novos. Contudo, é preciso ter em conta que a ingestão regular de pasta dos dentes pode causar náuseas, fluorose ou diarreia, entre outras maleitas. Deste modo, urge acompanhar sempre as crianças, no momento de lavarem os dentes, colocando apenas uma quantidade de dentífrico do tamanho de uma ervilha na respectiva escova.

Curiosidades:
A descoberta da pasta dentífrica é atribuída ao dentista norte-americano Washington Wentworth Sheffield que, em 1850, desenvolveu uma fórmula, em pó, para a limpeza dos dentes. O produto terá recebido grande aceitação dos seus pacientes e o seu filho, Lucius, que também deu dentista, acabou por modificar a fórmula original, dando azo ao Creme Dentifrício Dr. Sheffield, que é considerada a primeira pasta de dentes.