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E

Escova de dentes

Imagem de Escova De Dentes
Imagem de Escova De Dentes

Definição:
A escova de dentes é um utensílio utilizado na higiene bucal. É fundamental para manter o bom estado da dentição, promovendo, associada a uma pasta dentífrica, a limpeza e protecção dos dentes. É recomendável proceder à escovagem dos dentes após todas as refeições. Hoje em dia já há escovas de dentes eléctricas, para os mais preguiçosos, mas as escovas manuais continuam a ser as mais utilizadas.

Mais detalhes:
A escolha de uma boa escova de dentes é essencial para a promoção de uma boa higiene dentária e para o cuidado e protecção dos dentes. Muitas pessoas acreditam que as escovas com cerdas mais duras e grandes são mais eficazes na remoção da placa bacteriana, mas a maioria dos profissionais dentistas recomenda uma escova macia. As escovas com cerdas rígidas podem danificar a gengiva.

O formato da cabeça da escova de dentes também é um factor importante. Deve escolher-se uma escova que tenha um tamanho adequado à boca, de modo a que chegue a todos os cantos da mesma.

Há quem pense que as escovas de dentes eléctricas são mais eficazes do que as manuais, mas isso não está totalmente provado. Há estudos que dão essa indicação, mas alguns profissionais dentistas consideram que esse factor não faz qualquer diferença.

Curiosidades:
Foram os chineses que inventaram a primeira escova de dentes, em 1498, com cerdas feitas de pêlos de porco que depois foram substituídos por pêlos de cavalo. Mas o autor da escova de dentes, nos moldes em que ainda hoje é feita, com cerdas de nylon, foi o francês DuPont, que a criou em 1938.

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P

Periodontite

Imagem de Periodontite
Imagem de Periodontite

Definição:
A periodontite, também designada como doença periodontal, piorreia ou infecção das gengivas, é a inflamação crónica das gengivas, do osso e dos ligamentos de suporte dos dentes. É definida como uma condição patológica multifactorial complexa, contribuindo para a destruição do periodonto, e sendo uma das grandes causadoras da perde de dentes nos adultos.

Mais detalhes:
A periodontite é uma evolução de um caso de gengivite, suscitando a perda de suporte ósseo dos dentes. A falta de tratamento motivará a destruição total e irreversível de dentes. Além da gengiva, o ligamento periodontal, que une o dente ao osso, também será lesionado, tal como o osso de suporte.

A doença pode ser crónica, isto é, evoluir lentamente, ou aguda, ou seja, progredir de forma rápida, e pode ser localizada em apenas alguns dentes ou generalizada a todos eles.

Os principais sintomas da doença periodontal são o mau hálito, gengivas avermelhadas ou arroxeadas, inchadas, com aspecto brilhante e que sangram facilmente, designadamente durante a escovagem dos dentes. Haverá ainda sensibilidade ao toque nas gengivas e dentes soltos. Normalmente, os primeiros sinais da periodontite só são perceptíveis numa fase já adiantada do problema, o que complicará a restauração das zonas afectadas.

O tratamento da doença realiza-se através de raspagens, por via do Laser e, nos casos mais graves, mediante a cirurgia. Pode também ser necessário recorrer a antibióticos.
Manter uma boa higiene oral é essencial para prevenir o aparecimento da periodontite. O fumo, o bruxismo (ranger dos dentes), uma má alimentação, determinados medicamentos e distúrbios emocionais poderão também despoletar a manifestação do problema.

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E

Elixir Bucal

Imagem de Elixir Bucal
Imagem de Elixir Bucal

Definição:
O elixir bucal é um anti-séptico utilizado na higiene da cavidade oral. Também se pode falar em colutório para definir este produto que visa ajudar na prevenção de cáries, na eliminação da placa bacteriana, no término do mau hálito e nas doenças das gengivas. Alguns elixires apresentam doses elevadas de flúor e agentes branqueadores dos dentes e não devem ser utilizados de forma prolongada.

Mais detalhes:
Os dentistas recomendam o uso de elixires bucais após cirurgias dentárias e procedimentos realizados nos dentes que deixem a boca sensível, o que dificultará uma boa escovagem dos dentes. Também aconselham estes colutórios para os casos de alta incidência de cáries dentárias, doenças das gengivas e para pacientes que não tenham capacidade para efectuar uma adequada escovagem dos dentes.

Os elixires bucais são, na generalidade, um bom auxílio na limpeza da boca, mas não são indicados para uso diário, não devendo ser utilizados de forma prolongada. A maioria das fórmulas vendidas no mercado apresentam grande concentração de álcool na sua composição e, deste modo, a utilização frequente poderá causar agressões à mucosa, afectar as papilas linguais e, logo, a função gustativa, e promover a coloração dos dentes.

Há estudos que apontam que o uso frequente de elixires bucais com álcool aumenta os riscos de aparecimento de cancro da boca e da faringe. Desta forma, devem-se escolher colutórios sem álcool.

Curiosidades:
Pode-se criar um elixir bucal caseiro com recurso a hortelã-pimenta (duas colheres de chá) e sementes de anis (uma colher de chá). É só deitar a mistura em 250 ml de água a ferver, deixar arrefecer tapado e coar. Depois adiciona-se meia colher de chá de tintura de mirra e preserva-se a solução num frasco. Antes de usar para fazer bochechos, deve agitar o frasco.

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H

Higiene Oral

Higiene Oral – Escova dos dentes de Napoleão Bonaparte

Definição:
A higiene oral consiste simplesmente na ação de limpar os dentes. Normalmente através da escovagem, uso do fio dentário e aplicação de elixir. Basicamente consiste na remoção de placa bacteriana da superfície dos dentes.

Mais detalhes:
As consequências comuns da falta ou até deficiente higiene oral, são a perda parcial ou total dos dentes, problemas como a periodontite e até problemas do trato digestivo. A saúde dos dentes é fundamental para que o ser humano se mantenha forte e isento de doenças. Mas, lamentavelmente muitas pessoas não escovam os dentes ignorando por completo o enorme mal que estão causando a si próprias.

Curiosidades:
– As primeiras escovas de dentes que se conhecem datam do ano 3000 antes de Cristo! Veja bem que os nossos antepassados já reconheciam a importância de higienizar os dentes. Até Napoleão escovava os dentes usando um escova de dentes que era feita de pelo de cavalo.
– A quantidade de pasta dentífrica que você necessita de colocar em sua escova, deve ser do tamanho de uma ervilha. Não é preciso mais para escovar os dentes de forma eficiente, sabia?  No início do sec.XX as empresas de dentífricos, para vender mais produto começaram a colocar nas suas publicidades a escova cheia de pasta. Isso originou a criação desse hábito errado.

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A

Articulação tempuro mandibular (ATM)

Imagem ilustrativa da articulação tempuro mandibular
Imagem ilustrativa da articulação tempuro mandibular

Definição:
A articulação temporomandibular (ATM) é a parte que une o osso temporal e a mandíbula e que permite abrir e fechar a boca e também mastigar os alimentos. Colocando o dedo indicador no ouvido e abrindo e fechando a boca, pode sentir-se esta articulação a deslocar-se. A ATM tem um papel fundamental na respiração, na fala e na mordida. Apresentando problemas na zona, podem ouvir-se estalidos e ruídos quando a articulação se move e, em situações mais complicadas, pode até ficar paralisada. A ATM é uma das articulações mais complexas do corpo humano e o aparecimento de defeitos na sua movimentação pode ter consequências sérias.

Mais detalhes:
O surgimento de distúrbios associados à ATM pode provocar desde dores de cabeça, a dores de pescoço, passando por problemas lombares e até dificuldades visuais. É imprescindível que a ATM mantenha uma simetria constante, já que está unida com as articulações da coluna cervical e da cintura escapular – se não funcionar como um verdadeiro pêndulo, a dessintonia existente causará distúrbios não apenas locais, mas em toda a zona lombar e nos membros inferiores.

O aparecimento de diversos sintomas relacionados com problemas na ATM é apelidado de Síndrome da Articulação Temporomandibular.

As disfunções na ATM podem ser causadas por vários tipos de situações, designadamente o apertamento dentário, o bruxismo (o ranger ou apertar dos dentes), a mordedura de objectos estranhos, o roer das unhas, o mastigar de chicletes, uma errada postura da cabeça, o prender do telefone com o queixo, o stress, a depressão ou eventos de índole traumática. As deslocações na articulação podem ainda resultar de acidentes de automóvel.

O tratamento do Síndroma da ATM pode ser feito recorrendo a medicamentos que promovam o relaxamento muscular, a anti-inflamatórios, a aspirinas ou a outros analgésicos. O uso da chamada placa de mordida ou “splint”, que evita o ranger dos dentes, pode ser outra forma de lidar com o problema. Em último caso, poderá recorrer-se à cirurgia.

Curiosidades:
A Síndroma da ATM afecta com maior frequência as mulheres, numa relação significativa de 9 mulheres para apenas um homem! Este facto explica-se com o stress emocional e as mudanças hormonais, nomeadamente as relacionadas com o ciclo menstrual e com a gravidez.

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A

Atrito

Imagem com um exemplo do desgaste na extremidade dos dentes
Imagem com um exemplo do desgaste na extremidade dos dentes

Definição:
O atrito dentário é o desgaste fisiológico da superfície de um dente fruto do contacto com outro dente no processo de mastigação ou no âmbito de uma deformação. Pode ocorrer durante a dentição transitória ou permanente, mas a maioria dos casos estão associados ao envelhecimento. Também conhecido por atrito dos dentes ou atrito dentário excessivo, ocorre geralmente nas superfícies oclusas, incisais e linguais dos dentes anteriores e superiores e nos vestibulares dos dentes inferiores.

Mais detalhes:
O atrito dentário motiva a perda da estrutura dentária da superfície de oclusão dos dentes posteriores e anteriores. Essa destruição ocorre muitas vezes associada ao processo de envelhecimento, contudo há outros factores que a podem motivar. Elevadas cargas de stress, uma dieta inadequada, o desalinhamento dos dentes, o bruxismo (o ranger dos dentes) podem contribuir também para o atrito dos dentes.

As situações mais graves de atrito dentário podem causar disfunções na chamada articulação temperomandibular (ATM) que é a principal responsável pelo abrir e fechar da boca e pelo processo de mastigação. Podem ainda motivar fracturas nos dentes.

Os casos mais complicados poderão requerer a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Contudo, as situações menos severas poderão ser tratadas com o recurso a dispositivos dentários que impeçam o atrito. Quando as causas sejam de âmbito emocional, a psicoterapia será a melhor solução.

Curiosidades:
O atrito dentário não é a mesma coisa que a abrasão dentária (o desgaste dos dentes em consequência da fricção, por exemplo, na escovagem), nem deve ser confundido com a erosão dentária (a perda das propriedades intrínsecas dos dentes por via do contacto com químicos).

Ver também:
Abrasão dentária.

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A

Assepsia

Assepsia
Assepsia

Definição:
A Assepsia é a esterilização total de um ser vivo ou de um meio no sentido da não existência de bactérias ou quaisquer micro-organismos. Na sua etimologia, a palavra assepsia significa “ausência de putrefacção”. A assepsia é portanto o conjunto de medidas que se tomam para desinfectar instrumentos e/ou zonas do corpo humano, de forma a evitar a presença de formas nocivas que causem infecções.

Mais detalhes:
Quando as defesas naturais do corpo humano são afectadas, por exemplo, com uma ferida, é seguro que o tratamento do problema terá tantos melhores resultados quantos menores forem as bactérias ou micro-organismos de contaminação que entrem em contacto com a lesão. A cicatrização ocorrerá tanto mais rapidamente quanto mais a ferida estiver desinfectada e serão, igualmente, menores as possibilidades de ocorrerem complicações futuras.

Desta forma, a assepsia é essencial nos blocos operatórios e na execução de todo o tipo de cirurgias, designadamente as do foro oral ou dentário. Urge não só utilizar roupas, máscaras, luvas e protecções na cabeça devidamente esterilizadas, mas também garantir uma boa ventilação no circuito de ar do bloco operatório, de forma a evitar a disseminação de micro-organismos. Será necessário ainda proceder à desinfecção de todas as estruturas físicas do local, desde o chão às paredes, passando pelas mesas de operação e por todos os instrumentos a utilizar. A lavagem cuidadosa das mãos e dos ante-braços com anti-sépticos é igualmente fundamental.

Na medicina actual a assepsia assume importância relevante e preocupação fundamental, no sentido de evitar complicações indesejadas.

Curiosidades:
Foi Joseph Lister, cirurgião e pesquisador inglês, que introduziu a assepsia na cirurgia, comprovando, em 1865, que o uso do fenol reduzia o número de infecções após as operações

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A

Ápice

Estrutura do dente - o ápice
Imagem da estrutura do dente – o ápice

Definição:
O ápice é o extremo da raíz de um dente, ou seja, a ponta da raíz de um dente. É uma zona atreita a inflamações e infecções que muitas vezes não são logo detectadas, já que nem sempre causam dor de imediato. Deste modo, podem desenvolver-se, silenciosamente, durante muito tempo, sem que sejam percebidas.

Mais detalhes:
Diagnosticar prematuramente uma lesão periapical, ou seja, na ponta da raíz de um dente, é essencial para o seu tratamento. Se detectado cedo, o problema poderá ser de solução rápida, já o contrário poderá motivar sérias consequências, desde dores agudas, fístulas, abcessos, perda do osso em redor do dente, danificação dos dentes próximos e mesmo a perda total do dente afectado.

Quando há uma infecção óssea no ápice de um dente, a denominação médica para estes casos é osteomielite. A inflamação da medula dos ossos pode dar-se por reabsorção óssea em redor do ápice do dente ou por formação óssea em volta do mesmo, ou ainda verificar-se uma combinação de ambas as situações.

O médico dentista tentará preferencialmente o tratamento (ou retratamento), antes de partir para a cirurgia. Embora, nalguns casos, a operação seja logo a primeira via aconselhada. O recurso a medicamentos nunca será uma alternativa única, já que é preciso remover as bactérias em torno do ápice e mesmo retirar uma porção da ponta do dente, para assegurar que fica livre de micro-organismos nocivos. Frequentemente, realizam-se retro-obturações, isto é, fecha-se o ápice com um material adequado, de forma a selar o canal.

Curiosidades:
O nome da cirurgia que se realiza no ápice dental, com o objectivo de limpar a região de bactérias, é apicectomia.

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A

Anestesia

Imagem de anestesia sendo ministrada
Imagem de anestesia sendo ministrada

Definição:
A anestesia é uma forma de bloquear a sensibilidade, temporariamente, de forma a não se sentir dor. Também é definida como a “ausência de consciência reversível”. A etimologia da palavra significa ausência de sensação. Há vários tipos de anestesia: geral (onde se fica inconsciente e sem sentir qualquer tipo de sensação), local (onde se entorpece um local específico do corpo, como um dente) e regional (onde se bloqueia a sensibilidade numa área do corpo afectada por um grupo de nervos, como é o caso da epidural).

Mais detalhes:
Na medicina dentária a anestesia local é a mais utilizada, visando eliminar a dor no âmbito dos tratamentos efectuados. É feita pela injecção na zona a tratar ou na proximidade dos nervos que servem a área implicada.
A falta de sensibilidade pode durar de 30 minutos a três horas, conforme o tipo de anestésico utilizado, que geralmente está relacionado com a duração do tratamento a efectuar.

Os novos métodos anestésicos permitem que se trate de uma técnica absolutamente segura, contudo o médico deve ser informado, antecipadamente, sobre eventuais doenças ou alergias do paciente.

Geralmente não há complicações graves advindas da anestesia, contudo podem ocorrer problemas cardíacos e respiratórios, lesões nervosas e lesões dentárias. Os problemas mais comuns são náuseas, vómitos, dores de garganta, dores de costas e dores de cabeça.
Em alguns casos, os pacientes podem acordar durante a anestesia geral – não será uma consciência absoluta, mas poderão ter a percepção da dor e da paralisia.

Curiosidades:

Foi o dentista William Thomes Green Morton, de Boston, nos EUA, que demonstrou, pela primeira vez, em 1846, o uso do éter como anestésico cirúrgico, no Hospital Geral de Massachusetts.

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A

Amálgama de prata

Imagem de várias restaurações em amálgama de prata
Imagem de várias restaurações em amálgama de prata

Definição:
A amálgama é uma liga metálica em que um dos metais está em estado líquido (geralmente o mercúrio). A amálgama de prata é constituída por uma mistura de prata, cobre, estanho e mercúrio e é usada nas restaurações odontológicas há mais de 150 anos. É usada para restaurar a cavidade dentária, depois da limpeza feita pelo dentista, no seguimento de uma cárie.

Mais detalhes:
As grandes vantagens do recurso à amálgama de prata são o seu baixo custo e a durabilidade (tem uma média de duração de 14 anos). Além disso, é de fácil manuseio e de aplicação técnica simples, sendo também bastante resistente ao desgaste.

Entre os factores negativos destacam-se a estética. É um material que fica pouco bonito, contrastando demasiado com a cor natural dos dentes. Por este facto, a amálgama de prata tem vindo a ser substituída por resinas compostas e pela porcelana nos tratamentos odontológicos, estes são, contudo, materiais mais caros e menos duráveis.

Outro factor negativo associado à amálgama é a presença de mercúrio e de outros metais na sua composição, dado que podem ser tóxicos para o médico dentista e para o paciente. Além disso, está sujeita a corrosão, o que pode motivar a pigmentação indesejável da estrutura dentária, também fruto da libertação do mercúrio.

Curiosidades:

Já no Século VII os chineses recorriam à pasta de prata para cuidar dos dentes estragados. E no Século XIX já se usava, frequentemente, na Europa como material obturador, mas com uma abundância de mercúrio que intoxicava os pacientes. Em 1826 o dentista norte-americano Taveau utilizou moedas de prata e cobre, amalgamadas com mercúrio, adicionando alumínio para eliminar alguns dos efeitos tóxicos. A fórmula química actual da composição da amálgama de prata mantém-se, mais ou menos, inalterada desde 1895.