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Definição:
O expansor palatino ou disjuntor palatino é um aparelho que é utilizado no céu da boca para separar as maxilas. Deste modo, descruzam-se os dentes e expande-se o perímetro do arco dentário superior. Ganha-se assim espaço para todos os dentes se alinharem e corrige-se a chamada mordida cruzada.

Mais detalhes:
Algumas pessoas não têm espaço suficiente na boca para os dentes se moverem durante o tratamento ortodôntico, outras têm uma configuração anómala da arcada superior. São casos onde a utilização de um expansor palatino se aplica de forma a criar o espaço inexistente e a dar ao arco dentário uma forma mais natural.

A dimensão dos dentes da arcada superior deve ser maior do que a dimensão dos dentes da arcada inferior, de forma a permitir um encaixe perfeito, a dita oclusão normal. Mas há situações em que a arcada superior apresenta uma forma triangular com um estreitamento do céu da boca, o que pode originar a chamada mordida cruzada. Os expansores são utilizados para corrigir esse defeito.

A correcção desta má oclusão deve ser feita prematuramente, idealmente entre os 10 e os 15 anos de idade, altura em que não haverá grande desconforto no processo. Nos adultos poderá surgir alguma dor associada à expansão, além de que é preciso ter em conta que a resistência dos ossos aumenta com o envelhecimento.

Antes da aplicação do expansor palatino não é possível atestar que o tratamento terá os resultados pretendidos. Só com o uso prolongado se poderá começar a apurar se o procedimento está ou não a resultar. Se os efeitos desejados não se verificarem, a solução será a cirurgia.

Definição:
A excisão é o acto de cortar algo. É um procedimento efectuado no âmbito da cirurgia oral, área da medicina dentária que se dedica a intervenções específicas. Aplica-se à excisão da gengiva ou da raiz de um dente, por exemplo.

Mais detalhes:
O gesto de excisão é aplicado, na medicina dentária, nas intervenções cirúrgicas de tratamento de pequenas lesões ou de temores dos tecidos moles ou duros da boca.

Aplica-se na amputação radicular, isto é, na excisão da raiz de um dente multirradicular sem que se proceda ao seccionamento da respectiva coroa.

É ainda recurso na gengivectomia, com a excisão cirúrgica da gengiva para eliminar bolsas periodontais, para facilitar o acesso para outras intervenções ou para eliminar defeitos gengivais. O chamado sorriso gengival ou gengivoso é um desses casos. Este problema, que afecta a qualidade do sorriso do paciente, verifica-se quando há uma exposição de mais de dois milímetros da gengiva ao sorrir. A correcção desta anomalia pode ser feita por intermédio da excisão cirúrgica da gengiva, da excisão da gengiva e do osso, com o aumento da coroa clínica, ou da redução da altura do osso maxilar superior.

Há ainda procedimentos como a excisão do mucocele – a remoção de um quisto formado pela obstrução das glândulas mucosas da cavidade bucal – e a excisão da rânula – a remoção de um quisto originado pela obstrução dos condutos das glândulas salivares.

A excisão cirúrgica é igualmente utilizada no tratamento de odontomas que constituem o tumor odontogénico mais comum e que se caracterizam por malformações de desenvolvimento nos tecidos dentários.

Definição:
A exodontia é o ramo da odontologia que trata da extracção de dentes e raízes. Hoje em dia, este procedimento é recurso em último caso, quando já não é possível de todo salvar o dente afectado, mas no passado era esta a principal função dos dentistas. Na actualidade só quando não existe nenhum tratamento endodôntico possível é que se procede à exodontia, ou então por razões funcionais, como no caso dos dentes do siso, em que a sua extracção pode ser necessária para manter um funcionamento mais adequado da arcada dentária.

Mais detalhes:
Presentemente a medicina dentária assenta no princípio de que os cuidados do paciente devem ser feitos com o menor grau de invasão possível. Deste modo, o recurso à extracção de um dente será sempre adiado até não ser possível outra solução. Contudo, há situações onde a exodontia é mesmo o procedimento indicado.

Quando um dente não exerce a sua função de génese de forma adequada, ou , por outro lado, atrapalha o funcionamento dos demais dentes, a sua extracção é recomendada. É o que acontece nalguns casos com os dentes do siso que nascem inclinados ou que exercem pressão sobre os outros dentes, promovendo o seu desalinhamento. Também para a colocação de aparelhos ortodônticos poderá ser necessário arrancar os sisos.

Em casos patológicos, quando não há qualquer possibilidade de retratamento ou quando o dente é o centro de um foco infeccioso, a exodontia é igualmente a melhor forma de abordar o caso.

Curiosidades:
Os primeiros dentistas, na antiguidade, tinham como única tarefa a exodontia. Mas, já antes disso, se procedia à extracção de dentes – eram os chamados “tiradentes” quem efectuavam o procedimento nos mercados.

Definição:
A endodontia é a especialidade da medicina dentária que se dedica à polpa dentária e a todo o sistema de canais radiculares e de tecidos periapicais dos dentes, procurando tratar os problemas que afligem estas áreas. O tratamento endodôntico (ou o tratamento de canal) tem como objectivo essencial a manutenção do dente e a saúde dos respectivos tecidos periapicais. É, por norma necessária, em casos de cárie, fracturas e traumas dentários e lesões periodontais, entre outras situações.

Mais detalhes:
O tratamento endodôntico procede com recurso a várias técnicas que têm por meta normalizar os tecidos do dente, mantendo a sua estrutura dura sem resquícios de inflamação ou infecção, designadamente nos casos de cárie dentária. O processo começa com o chamado tratamento do canal que visa remover todo o tecido, esteja ainda vivo ou não, da câmara pulpar e dos canais radiculares presentes nas raízes, selando-os com um produto biocompatível. Depois o dente é fechado com uma massa temporária.

A endodontia também é referida simplesmente como desvitalização, mas o uso deste termo é demasiado leviano. A endodontia é bem mais do que só desvitalizar um dente, incluindo, designadamente, procedimentos como a curetagem pulpar, a pulpotomia, a pulpectomia e o tratamento cirúrgico (cirurgia parendodônticas) que restabelecem a normalidade dos tecidos pulpares.

O recurso à endodontia tem por meta evitar uma potencial extracção de um dente lesionado e a prevenção de infecções que podem acarretar consequências graves para a saúde, nomeadamente com o aparecimento de dores fortes, inchaço, febre, bactérias na corrente sanguínea, infecções nas articulações e febre reumática.

Definição:
A escova de dentes é um utensílio utilizado na higiene bucal. É fundamental para manter o bom estado da dentição, promovendo, associada a uma pasta dentífrica, a limpeza e protecção dos dentes. É recomendável proceder à escovagem dos dentes após todas as refeições. Hoje em dia já há escovas de dentes eléctricas, para os mais preguiçosos, mas as escovas manuais continuam a ser as mais utilizadas.

Mais detalhes:
A escolha de uma boa escova de dentes é essencial para a promoção de uma boa higiene dentária e para o cuidado e protecção dos dentes. Muitas pessoas acreditam que as escovas com cerdas mais duras e grandes são mais eficazes na remoção da placa bacteriana, mas a maioria dos profissionais dentistas recomenda uma escova macia. As escovas com cerdas rígidas podem danificar a gengiva.

O formato da cabeça da escova de dentes também é um factor importante. Deve escolher-se uma escova que tenha um tamanho adequado à boca, de modo a que chegue a todos os cantos da mesma.

Há quem pense que as escovas de dentes eléctricas são mais eficazes do que as manuais, mas isso não está totalmente provado. Há estudos que dão essa indicação, mas alguns profissionais dentistas consideram que esse factor não faz qualquer diferença.

Curiosidades:
Foram os chineses que inventaram a primeira escova de dentes, em 1498, com cerdas feitas de pêlos de porco que depois foram substituídos por pêlos de cavalo. Mas o autor da escova de dentes, nos moldes em que ainda hoje é feita, com cerdas de nylon, foi o francês DuPont, que a criou em 1938.

Definição:
O elixir bucal é um anti-séptico utilizado na higiene da cavidade oral. Também se pode falar em colutório para definir este produto que visa ajudar na prevenção de cáries, na eliminação da placa bacteriana, no término do mau hálito e nas doenças das gengivas. Alguns elixires apresentam doses elevadas de flúor e agentes branqueadores dos dentes e não devem ser utilizados de forma prolongada.

Mais detalhes:
Os dentistas recomendam o uso de elixires bucais após cirurgias dentárias e procedimentos realizados nos dentes que deixem a boca sensível, o que dificultará uma boa escovagem dos dentes. Também aconselham estes colutórios para os casos de alta incidência de cáries dentárias, doenças das gengivas e para pacientes que não tenham capacidade para efectuar uma adequada escovagem dos dentes.

Os elixires bucais são, na generalidade, um bom auxílio na limpeza da boca, mas não são indicados para uso diário, não devendo ser utilizados de forma prolongada. A maioria das fórmulas vendidas no mercado apresentam grande concentração de álcool na sua composição e, deste modo, a utilização frequente poderá causar agressões à mucosa, afectar as papilas linguais e, logo, a função gustativa, e promover a coloração dos dentes.

Há estudos que apontam que o uso frequente de elixires bucais com álcool aumenta os riscos de aparecimento de cancro da boca e da faringe. Desta forma, devem-se escolher colutórios sem álcool.

Curiosidades:
Pode-se criar um elixir bucal caseiro com recurso a hortelã-pimenta (duas colheres de chá) e sementes de anis (uma colher de chá). É só deitar a mistura em 250 ml de água a ferver, deixar arrefecer tapado e coar. Depois adiciona-se meia colher de chá de tintura de mirra e preserva-se a solução num frasco. Antes de usar para fazer bochechos, deve agitar o frasco.

Definição:
Pensamos que é do senso comum o que é a escovagem dos dentes. por incrível que pareça, toda a gente sabe o que é escovar os dentes, mas parece que nem todos temos interesse em fazê-lo. Preguiça? Falta de hábitos de higiene oral? É um mistério que poucos saberão decifrar.

Mais detalhes:

As consequências que iremos referir são bem simples e apenas tê a ver com a não escovagem dos dentes. Se você não tiver hábitos de higiene oral, ou seja, se você não escova os seus dentes e nem sequer usa fio dentário, se prepare, mais tarde ou mais cedo você vai ter problemas com os seus dentes. A consequência mais grave e também a mais comum é a perda dos dentes. Será que perder 5 minutos por dia custa assim tanto? Será que não vale a pena esse pequeno esforço? A resposta é óbvia não é verdade.

Curiosidades:
Um pequeno reparo apenas, a escovagem dos dentes se for feita de forma correta, evita que você provoque a chamada abrasão dentária. Escove os dentes mas não precisa ser violento ao ponto de os danificar.

Definição:
O esmalte é a parte externa e dura dos dentes. É a camada resistente que cobre as estruturas dentárias e que garante a protecção e a durabilidade dos dentes, além de contribuir decisivamente para o sorriso do paciente. Mais de 90 por cento do esmalte é composto de minerais, sendo o restante constituído por água e materiais orgânicos.

Mais detalhes:
A coloração habitual do esmalte é translúcida e varia entre o amarelo claro e o branco acinzentado. Qualquer material utilizado por baixo do esmalte, por exemplo a dentina reparadora, pode alterar o seu aspecto.

Em termos de espessura, o esmalte é usualmente mais espesso nas pontas dos dentes e mais fino na junção amelo-cementária.

O processo de formação do esmalte denomina-se de amelogénese e dá-se depois da formação da dentina, através das células ameloblastos. A amelogénese começa com o chamado estágio secretório, seguindo-se o estágio de maturação.

O esmalte pode sofrer desgaste por via do aparecimento de cáries dentárias. O uso de flúor, desde que recomendado pelo médico dentista, pode contribuir para fortalecer o esmalte e protegê-lo de agressões.

Curiosidades:
Em 2010, uma equipa de cientistas identificou o gene que controla a produção do esmalte dentário, na Universidade de Oregon, nos EUA. Uma descoberta muito relevante no âmbito da medicina dentária e da saúde dos pacientes. Está assim aberto o caminho para a criação de uma solução de reparação do esmalte sem haver necessidade de obturações. A criação de dentes em laboratório e o fim das dentaduras poderão, em breve, tornar-se realidade.