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Implantologia

Definição:
A implantologia é a área da odontologia que se dedica aos implantes dentários. A sua missão é a implantação, na mandíbula e/ou na maxila, de materiais de suporte para as próteses dentárias unitárias, parciais ou totais. É uma das áreas da medicina dentária que mais avanços experimentaram nos últimos 20 anos., existindo, hoje em dia, técnicas realmente inovadoras que tornam o processo muito menos doloroso e altamente eficaz.

Mais detalhes:
A colocação de implantes dentários é realizada por via de uma pequena cirurgia que é bastante rápida. A implantologia pode dar-se logo após a extracção de um dente, com o implante a ser inserido no osso respectivo. A raiz de titânio, o componente habitual dos implantes dentários, deve manter-se a cicatrizar durante 4 a 6 meses. Durante esse período, o dentista deve facultar ao paciente uma prótese temporária até à colocação do dente artificial final. Contudo, nos últimos anos, as investigações científicas desenvolveram uma nova técnica –a chamada técnica de função imediata – que permite que, logo após a cirurgia, o paciente deixe o consultório com dentes provisórios fixos, uma solução muito mais cómoda.

Posto esse processo, durante o qual se deve dar a ósseo-integração do implante, serão colocadas as próteses finais, fixadas com elementos específicos, conforme as soluções escolhidas.

As novas técnicas da implantologia permitem que, cada vez mais, se trate de uma cirurgia menos dolorosa, com recurso a processos minimamente invasivos.

Curiosidade:
Foi o médico sueco Per-Ingvar Branemark quem descobriu a capacidade de ósseo-integração, realizando experiências com a colocação de câmaras de titânio na fíbula de coelhos.

Hemorragia

Definição:
Uma hemorragia é um derramamento anormal de sangue que pode ser motivado por determinados factores ou por doenças sistémicas. Nos casos da hemorragia dental, um diagnóstico cuidado é essencial para estabelecer a causa do problema. O dentista deve prestar particular atenção à história médica do paciente, pois poderá estar em causa alguma anomalia que exija atendimento hospitalar, sob cuidados médicos mais abrangentes.

Mais detalhes:
A maioria das hemorragias de índole dentária surge associada a processos de intervenção cirúrgica mal planeados, seja pela insuficiência ou má qualidade das radiografias, seja por um uso inadequado de um instrumento cirúrgico, no fim de contas, por inaptidão do cirurgião-dentista.

A extracção dentária requer particulares cuidados no processo de coagulação, uma vez que os tecidos da boca e dos maxilares são particularmente vascularizados. E na zona bucal é difícil aplicar um material que sele a cavidade aberta, após a cirurgia, tanto mais que os pacientes têm tendência a passar, sucessivamente, a língua sobre a lesão, o que remove o coágulo formado e causa o sangramento. Também as enzimas próprias da saliva interferem com o coágulo.

Ao paciente é recomendado que, após a extracção dentária, não coloque nada quente na boca, pois o calor causa hemorragia. A sua dieta deve assim restringir-se a alimentos frios e líquidos. Não deve ainda fazer bochechos, nem com água, o que poderá remover o coágulo e interferir com o processo de cicatrização.

As hemorragias dentais podem ainda ser provocadas por causas de ordem sistémica, designadamente de ordem vascular, plaquetar ou plasmática

Gengivite

Definição:
A gengivite é, em termos genéricos, a doença das gengivas. Caracteriza-se pela inflamação das gengivas e é causada pela placa bacteriana que se acumula tanto nos dentes, como nas gengivas. Se a remoção da placa bacteriana não acontecer por via da escovagem dos dentes e do uso do fio dental, produz toxinas que agridem a mucosa da gengiva, provocando a gengivite.

Mais detalhes:
Os principais sintomas da gengivite são o inchamento e avermelhamento das gengivas que também ficarão mais sensíveis do que o habitual. Podem também sangrar durante a escovagem dos dentes. E há ainda um recuo ou retracção da gengiva, dando aos dentes um aspecto alongado. Podem formar-se bolsas avermelhadas entre os dentes e a gengiva, com restos de comida e de placa bacteriana. O mau hálito e o mau gosto na boca são outros sintomas associados à doença.

Num primeiro estágio da gengivite, os danos podem ser tratados, já que o osso e o tecido que seguram os dentes não foram ainda atingidos. Mas se a doença não for devidamente atacada, a tempo, pode evoluir para uma periodontite, provocando lesões permanentes nos dentes e nas mandíbulas e/ou maxilas.

A melhor forma de prevenir a gengivite é mantendo uma boa higiene oral, com a correcta escovagem dos dentes e o uso diário de fio dental. Uma alimentação correcta, não fumar e visitar o dentista regularmente são outras formas de escapar à doença.

Curiosidades:
A gengivite é uma infecção transmissível, tal como a cárie dentária, e por isso o beijo pode ser um veículo de contágio. Um dos sintomas associados à doença é o sangramento das gengivas e, uma vez que a transmissão acontece por via do sangue e da saliva, é de evitar o contacto boca a boca com quem estiver infectado.

Facetas Estéticas

Definição:
As facetas são materiais odontológicos que se destinam a cobrir os dentes para melhorar a sua estética e a sua funcionalidade. Podem ser feitas em resina fotopolímeromerizável ou em porcelana e são fixadas aos dentes de forma praticamente definitiva, uma vez que apresentam uma grande durabilidade.

Mais detalhes:
As facetas em resina são elaboradas directamente em cima dos dentes, no consultório do médico dentista, não havendo quaisquer moldes pré-preparados. Deste modo, evita-se o desgaste do esmalte dentário que se pode verificar nas facetas de porcelana, onde é necessário proceder à moldagem dos dentes para posterior preparação das lâminas a aplicar.

Contudo, as facetas de porcelana são mais resistentes, designadamente às fracturas e à abrasão dentária, oferecendo maior durabilidade. São também uma solução estética superior, a médio e longo prazo, já que a sua forma, textura, brilho e cor são inalteradas pelo tempo. Por outro lado, a porcelana exige maior perfeição e conhecimento técnicos, requerendo ainda um custo mais elevado.

O recurso a facetas estéticas está recomendado para os casos de dentes manchados, má formação dentária, alteração de forma, posição e textura dos dentes, microdontia (dente demasiado pequeno), diastemas (falha entre os dentes), fracturas e desgaste dos dentes. Podem destinar-se apenas a um dente, a vários ou a toda a arcada dentária.

Curiosidade:
Foi na década de 1950 que as facetas estéticas se tornaram populares entre os actores de Hollywood. Naquela altura, as facetas eram fixadas temporariamente nos dentes, depois tinham que ser removidas e limpas, antes de serem novamente colocadas.

Expansor palatino

Definição:
O expansor palatino ou disjuntor palatino é um aparelho que é utilizado no céu da boca para separar as maxilas. Deste modo, descruzam-se os dentes e expande-se o perímetro do arco dentário superior. Ganha-se assim espaço para todos os dentes se alinharem e corrige-se a chamada mordida cruzada.

Mais detalhes:
Algumas pessoas não têm espaço suficiente na boca para os dentes se moverem durante o tratamento ortodôntico, outras têm uma configuração anómala da arcada superior. São casos onde a utilização de um expansor palatino se aplica de forma a criar o espaço inexistente e a dar ao arco dentário uma forma mais natural.

A dimensão dos dentes da arcada superior deve ser maior do que a dimensão dos dentes da arcada inferior, de forma a permitir um encaixe perfeito, a dita oclusão normal. Mas há situações em que a arcada superior apresenta uma forma triangular com um estreitamento do céu da boca, o que pode originar a chamada mordida cruzada. Os expansores são utilizados para corrigir esse defeito.

A correcção desta má oclusão deve ser feita prematuramente, idealmente entre os 10 e os 15 anos de idade, altura em que não haverá grande desconforto no processo. Nos adultos poderá surgir alguma dor associada à expansão, além de que é preciso ter em conta que a resistência dos ossos aumenta com o envelhecimento.

Antes da aplicação do expansor palatino não é possível atestar que o tratamento terá os resultados pretendidos. Só com o uso prolongado se poderá começar a apurar se o procedimento está ou não a resultar. Se os efeitos desejados não se verificarem, a solução será a cirurgia.

Excisão

Definição:
A excisão é o acto de cortar algo. É um procedimento efectuado no âmbito da cirurgia oral, área da medicina dentária que se dedica a intervenções específicas. Aplica-se à excisão da gengiva ou da raiz de um dente, por exemplo.

Mais detalhes:
O gesto de excisão é aplicado, na medicina dentária, nas intervenções cirúrgicas de tratamento de pequenas lesões ou de temores dos tecidos moles ou duros da boca.

Aplica-se na amputação radicular, isto é, na excisão da raiz de um dente multirradicular sem que se proceda ao seccionamento da respectiva coroa.

É ainda recurso na gengivectomia, com a excisão cirúrgica da gengiva para eliminar bolsas periodontais, para facilitar o acesso para outras intervenções ou para eliminar defeitos gengivais. O chamado sorriso gengival ou gengivoso é um desses casos. Este problema, que afecta a qualidade do sorriso do paciente, verifica-se quando há uma exposição de mais de dois milímetros da gengiva ao sorrir. A correcção desta anomalia pode ser feita por intermédio da excisão cirúrgica da gengiva, da excisão da gengiva e do osso, com o aumento da coroa clínica, ou da redução da altura do osso maxilar superior.

Há ainda procedimentos como a excisão do mucocele – a remoção de um quisto formado pela obstrução das glândulas mucosas da cavidade bucal – e a excisão da rânula – a remoção de um quisto originado pela obstrução dos condutos das glândulas salivares.

A excisão cirúrgica é igualmente utilizada no tratamento de odontomas que constituem o tumor odontogénico mais comum e que se caracterizam por malformações de desenvolvimento nos tecidos dentários.

Diagnóstico

Definição:
O diagnóstico é o processo pelo qual um médico identifica um problema de saúde do paciente. É um momento essencial do processo de tratamento, seja em medicina geral, seja em medicina dentária. Só quando devidamente identificada uma doença, ou um qualquer tipo de anomalia, se saberá como proceder de forma a combatê-la.

Mais detalhes:
As doenças periodontais e a cárie dentária são um grave problema de saúde, uma vez que afectam grande parte da população, tendo muita influência no seu bem-estar e na respectiva qualidade de vida. Neste âmbito assume importância vital o diagnóstico dos problemas de saúde oral.

Os médicos dentistas, em contacto regular e experimentado com os dentes do paciente, estão num ponto privilegiado para o diagnóstico e prevenção dos principais problemas dentários. Desta forma, as consultas de rotina, que se devem fazer de seis em seis meses, são essenciais. Nessas consultas, o profissional dentário vai proceder à observação visual e táctil de todas as estruturas da cavidade oral. O médico dentista também pode solicitar meios complementares de diagnóstico, como sejam as radiografias, a biopsia, a ortopantomografia, e outros, caso se depare com alguma lesão suspeita.

Os profissionais dentários devem estar especialmente atentos às glândulas salivares, a eventuais quistos ou tumores na região maxilo-facial. Todavia, até infecções mais simples, como as aftas ou o herpes, podem significar problemas maiores, pelo que o dentista deve contabilizar todos os aspectos, não se esquecendo de falar detalhadamente com o paciente, de modo a complementar os sinais detectados com as suas vivências, no sentido de tirar conclusões mais claras e correctas.

Descalcificação

Definição:
A descalcificação é, genericamente, a perda de cálcio dos ossos e não é um termo muito aplicado em medicina dentária. Neste âmbito, falamos de descalcificação do esmalte dos dentes. A base do problema é a acidez que pode ser causada por diversos tipos de factores, desde placa bacteriana a alimentos ácidos.

Mais detalhes:
O passo essencial para tratar a descalcificação do esmalte dos dentes é encontrar a causa que a motiva. E podem ser vários os factores por trás do problema – a cárie dentária, a ingestão de alimentos ácidos, a boca seca, os vómitos constantes, a doença periodontal, o trauma de oclusão.

Uma má escovagem dos dentes pode estar na génese da descalcificação, não removendo por completo a placa bacteriana e permitindo o aparecimento de cáries. O uso de aparelho ortodôntico fixo pode ser outra causa – quando este é removido, o esmalte pode estar afectado.

Os primeiros sinais do problema são manchas brancas e, com o evoluir da situação, dá-se a retracção da gengiva, com o dente a ficar cada vez mais exposto.

A manutenção de uma boa higiene oral será imprescindível para evitar problemas de descalcificação. Evitar alimentos ácidos, como os citrinos, os refrigerantes ou quaisquer bebidas açucaradas, são outras formas de prevenção, que ajudam o PH da sua boca a manter-se neutro. O uso de dentífricos com flúor, ou a tomada de aplicações de flúor, ajudam também a impedir o aparecimento das cáries e, logo, a afastar as possibilidades de se verificar a descalcificação do esmalte dentário.

Aparelho ortodôntico removível

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Post date December 5, 2012
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Definição:
O aparelho dentário removível é composto de uma parte acrílica que encaixa no céu da boca e de uma parte metálica que se ajusta nos dentes e, como o nome indica, pode ser retirado em qualquer altura pelo paciente. Pode ser colocado em ambos os maxilares, superior e inferior, mas é mais utilizado na arcada superior. É especialmente utilizado nas correcções de alterações do esqueleto da face, visando o crescimento dos ossos maxilares. Não são recomendados para todos os tipos de problemas ortodônticos, sendo contra-indicados nos casos de malformações e incorrecções severas.

Mais detalhes:
A utilização de um aparelho dentário removível é muito fácil e barata. Este método é de manutenção acessível, sendo um aparelho fácil de colocar e de retirar e não exigindo visitas frequentes ao dentista para o efeito. Todavia, é importante que o paciente perceba que é para usar de modo continuado, de forma a que tenha os resultados pretendidos.

O aparelho removível não suporta forças muito elevadas na movimentação dos dentes e por isso, é sobretudo recomendado para crianças e para jovens com incorrecções ligeiras, não sendo indicado para adultos com deformações graves.

A pressão exercida pelo aparelho é muito suave, o que facilita a adaptação do paciente ao mesmo, não gerando muito desconforto desde o início da utilização, embora gere sempre alguma estranheza.

Curiosidades:
Existem à venda no mercado aparelhos dentários removíveis feitos em cerâmica, quase transparentes e portanto praticamente imperceptíveis, confundindo-se com os dentes. Uma boa alternativa para quem se preocupa especialmente com o factor estético.

Aparelho ortodôntico lingual

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Post date December 5, 2012
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Definição:
O aparelho dentário lingual é um tipo de suporte ortodôntico que se utiliza para alinhar os dentes e que se fixa na face interna dos mesmos. Fica escondido atrás dos dentes e, como estará em contínuo contacto com a língua, denomina-se de aparelho lingual.

Mais detalhes:
Esteticamente, o recurso ao aparelho dentário lingual é a melhor opção, já que é praticamente invisível, no contacto com os demais. Os resultados do tratamento são exactamente idênticos aos verificados com o recurso a outro tipo de aparelhos.

Está particularmente indicado para praticantes de desporto, por exemplo, pois permite-lhes exercerem as suas actividades com maior protecção, já que o aparelho está protegido pelos dentes. Os músicos de instrumentos de sopro, como saxofone ou trompete, também se darão melhor com este tipo de suporte, já que as outras opções não lhes permitirão tocar devidamente.

O uso deste tipo de aparelho suscita um menor índice de manchas de desmineralização nas faces visíveis dos dentes, algo que acontece, sobretudo, em pacientes com maus hábitos de higiene.

Inicialmente pode causar algum incómodo, nas primeiras semanas, pois está em causa um corpo estranho em contacto permanente e directo com a língua. Mas o uso de qualquer aparelho dentário vai exigir uma adaptação inicial que logo será ultrapassada. Apesar disso, a utilização de um aparelho dentário lingual pode afectar a fala e a dicção de algumas palavras.

É um método ainda dispendioso, mas certamente um investimento para toda a vida.

Curiosidades:
Os brackets utilizados nos aparelhos dentários linguais são fabricados em ligas de ouro, sem níquel, para evitar reacções alérgicas.